Proposta do candidado Zema ao governo do Estado é fatiar a Cemig



Proposta do candidado Zema ao governo do Estado é fatiar a Cemig

Dividir e privatizar. Essa é a proposta do candidato ao governo do Estado Romeu Zema (Novo) para a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

Na avaliação do candidato, é preciso repartir a empresa e criar uma concorrência no fornecimento de energia elétrica. “O ideal é que ela (Cemig) venha a ser fatiada em duas, três ou até quatro empresas, para que o consumidor tenha opção de escolher qual fornecedor é mais adequado para ele, em termos de preço e também de atendimento”, esclareceu Zema.

O candidato explicou ainda que a privatização da Cemig não vai acontecer de maneira imediata se ele for escolhido para governar o Estado. Antes, ele promete recuperar e valorizar a empresa – que, segundo o postulante, foi muito prejudicada com “a má gestão dos governos anteriores”. É só depois de instalar o que o cabeça de chapa do Novo chama de “boa gestão” que ele pretende iniciar um processo de desestatização. “Quero que fique bem claro que nosso processo de privatização visa levar uma tarifa menor para o consumidor. É isto que nós queremos. Não é trocar o monopólio estatal por um monopólio privado. Não vamos fazer isto de forma alguma”, garantiu. Ele acredita que a venda seria possível entre dois e quatro anos, dependendo da aprovação na Assembleia Legislativa.

Monopólio

Para exemplificar sua proposta, Zema relembrou a venda da Telemig, empresa estatal de telefonia que detinha o monopólio do serviço. O candidato afirmou que era “dificílimo conseguir uma nova linha”. “Depois que passamos a ter competição, após a privatização, as tarifas caíram. O Estado até pode ter uma empresa, se quiser, mas dificilmente será tão eficiente quanto o setor privado. O que não queremos é monopólio”, disse.

Questionado sobre a manutenção da qualidade do serviço prestado pela Cemig, Zema considera ser “mais fácil para o Estado fiscalizar e exigir de empresas que não são estatais”. Na visão do candidato, o governo tem mais controle sobre a Vale, por meio de fiscalização ambiental e tributária, do que sobre a Petrobras.

Fonte: jornal O Tempo

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