Por que saímos do Coletivo "De Olho na Forluz e Cemig Saúde"?



Por que saímos do Coletivo

Representação é coisa séria! Confira o que dizem ex-integrantes do coletivo “De Olho na Forluz e Cemig Saúde” sobre a falta de diálogo, transparência e, principalmente, pela quebra dos compromissos que o coletivo assumiu com todos os participantes.

“Estava escrito no material de campanha que consultaríamos a base sobre todo assunto importante”, ressalta José Maurício de Andrade Ferreira, técnico em gestão administrativa e membro eleito para o Conselho Deliberativo da Cemig Saúde pelo Coletivo de Entidades. Ele explica que deixou o Conselho e o Coletivo por promessas não cumpridas. “Preferi dormir tranquilo e estou certo de que fiz a melhor escolha”. 

José Maurício lembra que um dos compromissos do grupo era que os DRPs contribuiriam financeiramente para a formação de novos quadros, mas diz nunca ter visto uma prestação de contas deste dinheiro. “Infelizmente os debates no Coletivo contemplavam mais os interesses de algumas pessoas do grupo do que dos eletricitários. Havia muito ódio e isso prejudicou a formação de chapa conjunta, com Federação, Sindsul, AEA e Sindieletro. Meus princípios são diferentes. Penso que não podemos misturar pessoas com entidades”, disse.

Jurandir de Carvalho Soares, membro fundador do Coletivo, também mostra decepção com os rumos do grupo. “Sou fundador do Coletivo e um dos responsáveis pelos princípios que  nortearam a sua criação, mas, lamentavelmente, as lideranças das entidades vinculadas ao Coletivo ‘das Entidades’, ao conquistarem os cargos na Forluz e Cemig Saúde, romperam com estes princípios”, afirma. “Isto é traição, portanto, mesmo após muita luta para recuperar o Coletivo original, só me restou sair dele”.

Outro membro fundador a deixar o Coletivo, foi Júlio César Silva. Ele foi presidente do Conselho Fiscal da Forluz por quatro anos, além de ter mais de dez anos de experiência em  previdência privada. Júlio Silva diz que os conselheiros eleitos pelo Coletivo, e que se mantiveram vinculados ao grupo, ficaram quatro anos “votando contra e à revelia dos participantes e beneficiários da Forluz e da Cemig Saúde”. E mandou um recado final. “Façamos como na política: em 2018, não reeleja quem votou contra você”.

O conselheiro deliberativo da Forluz, Guilherme de Andrade Ferreira, afirma que a sua saída se deu por descumprimento de promessas, “tão logo percebemos que o rumo tomado era distinto daquele compromissado antes das eleições, tentamos repor o trem nos trilhos, mas era tarde. Não nos restou outra saída a não ser nos desligar e tentar denunciar o que estava
sendo feito”, relembra.

Guilherme Andrade, que também foi diretor da ABCF, conta que a entidade, por decisão unânime de sua diretoria, também deixou de apoiar o Coletivo em vista dos acontecimentos. “Ao contrário do que se diz, o poder não corrompe as pessoas, simplesmente as revela. Uma vez aboletados na DRP e conselhos, tanto da Forluz quanto do Cemig Saúde, grande parte dos conselheiros eleitos [pelo Coletivo], orientados pelo DRP, passaram a fazer daqueles órgãos uma trincheira de guerra contra o mais tradicional e combativo sindicato da categoria, não importando se suas atitudes acarretassem em prejuízos e perda de conquistas para todos os participantes. Foram diversas as ocasiões em que a traição se mostrou em votações a favor de interesses da patrocinadora desde que isso indicasse, de certa forma, a impor uma “derrota” ao sindicato”.

 

                     

 

 

                                            

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