Multidão nas ruas contra o fascismo



Multidão nas ruas contra o fascismo

As manifestações contra a escalada do ódio e do fascismo convocadas por mulheres ganharam as ruas de mais de 30 cidades no Brasil e de 15 no exterior no sábado (29). O rechaço ao candidato da direita nas eleições de outubro Jair Bolsonaro (PSL) também reuniu uma multidão por #EleNão em São Paulo, no Largo da Batata, zona oeste da cidade. Por volta de 18h30 a Polícia Militar estimava a concentração em 150 mil pessoas, enquanto os organizadores falaram em 250 mil pessoas, segundo a reportagem da Rádio Brasil Atual. Entre as razões dos atos, está o fato de Bolsonaro pregar a misoginia, a homofobia e ameaçar a democracia, não aceitando o resultado das eleições, caso ele não seja o vencedor.

Em Belo Horizonte uma multidão de mulheres e homens também lotou as ruas da capital. A manifestação foi na Praça SEte, Centro de BH. No interior de Minas várias cidades contaram com atos das mulheres.

“Depois do golpe contra a Dilma Rousseff (PT), muitos valores estão indo por água abaixo. Precisamos nos posicionar sobre o que não queremos para o Brasil de jeito nenhum. Nenhuma ditadura ou coisas que separem as pessoas. Queremos que as pessoas se desenvolvam. Quero pensar por aí. Mais do que direita e esquerda, valores solidários e humanitários”, definiu a artista plástica Sílvia Mecozzi.

A curadora e marchand de fotografia Isabel Amado disse estar presente no ato para “lutar pelas conquistas que houve nos últimos 20 anos. É impossível termos um momento de retrocesso. Sou absolutamente contra esse homem que se diz representante do meu país. Ele não me representa, não representa o que conquistei ao longo da minha vida. Sou a favor da liberdade de expressão, por isso estou aqui”.

Diferentes grupos sociais também foram para o Largo da Batata, após o chamado das mulheres. Comunidade LGBTI+, movimento negro, ou simplesmente os que defendem a democracia. O candidato à vice-presidência pela Rede Sustentabilidade, Eduardo Jorge, disse à RBA que “este é mais um episódio das dificuldades que o Brasil passa nos últimos tempos (...). No desespero, aqueles que prometem mágicas, seja na extrema direita ou na extrema esquerda, os candidatos jogam boias, promessas, e a população com dificuldades abraça. Esse ato é contra um tipo de autoritarismo. Eu sou contra todo tipo de autoritarismo e totalitarismo. Estou nessa”.

A médica Célia Medina, médica, 70 anos, um das líderes do movimento Democracia Corintiana afirmou que o movimento representa um gesto pelo "Brasil que queremos". “Mais do que corintiana, sou da democracia corintiana que representa uma luta importante dos amantes de futebol e de política que, sobretudo, quer um país melhor. Queremos um país de direitos iguais, justo, sem essa distância enorme de classes. Queremos um país com direitos iguais para homens e mulheres. Um país sem o racismo assombroso do Brasil. O contrário disso tudo está representado pelo coiso, pelo #EleNão.”

Ao fim do evento os manifestantes saírem em marcha em direção à Av. Paulista e percorreram cerca de 6 quilômetros. Chegaram ao destino por volta de 20h. "Foi um ato gigante, demos um enorme passo para lutar contra o Bolsonaro, precisa ser nas ruas, defender nossas ideias. A luta contra o fascismo no país tem rosto de mulher", disse a jornalista ativista da Mídia Ninja que fez a transmissão da caminhada até a Paulista.

Fonte: Rede Brasil Atual

 

 

item-0
item-1
item-2
item-3