Luta contra privatização da Eletrobras não acabou: eletricitários continuam firmes



Luta contra privatização da Eletrobras não acabou: eletricitários continuam firmes

Apesar de o plenário do Senado Federal ter rejeitado na terça-feira (16/10) o projeto de lei do governo federal que permitiria a privatização de seis distribuidoras de energia controladas pela Eletrobras, o presidente do Sindicato dos Urbanitários de Alagoas, Nestor da Silva, diz que a luta não acabou. Nestor destaca que a decisão de privatizar ativos da estatal é o resultado de uma decisão política do Planalto, mas a rejeição da matéria foi uma derrota para o atual governo e uma vitória para os trabalhadores.

De acordo com Nestor da Silva, o atual governo liderado por Michel Temer (MDB) não tem legitimidade para promover a venda das distribuidoras da Eletrobras. Ele destacou, ainda, que as empresas da estatal seriam “entregues ao mercado” por um valor muito abaixo do real. “O resultado foi uma vitória. E esse placar no Senado só foi possível graças ao nosso trabalho discutindo a proposta, apresentando sugestões e emendas. Mas a luta não acabou. Foi apenas uma batalha vencida”, apontou.

O presidente do Sindicato dos Urbanitários ressaltou que, atualmente, duas propostas distintas sobre a proposta de privatização estão em debate no segundo turno das eleições presidenciais. “Esse tema é resultado de uma decisão política do presidente da República. Sabemos que há duas propostas diferentes em debate no Brasil. Vamos seguir atentos, mobilizando os trabalhadores para que não haja retrocessos e ataque aos nossos direitos”, expressou Nestor da Silva.

A Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), as Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron) e a Boa Vista Energia, que atende Roraima, já foram arrematadas no último dia 30 de agosto em leilão promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em julho, foi vendida a Companhia de Energia do Piauí (Cepisa). Além dessas, o governo pretendia vender a Amazonas Energia e a Companhia Energética de Alagoas (Ceal). O leilão da Ceal, no entanto, foi suspenso por decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Fonte: FNU/CUT

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