Empreiteiras "fazem a festa" de irregularidades



Empreiteiras "fazem a festa" de irregularidades

Diante de tantas denúncias de irregularidades cometidas pelas empreiteiras que prestam serviços para a Cemig nas áreas de conservação e limpeza, vigilância, manutenção predial, carregadores e montadores, diretores do Sindieletro estiveram, no dia 24, reunidos com o gerente de Relações Sindicais, João Lúcio Costa, na busca de solução para os problemas enfrentados pelos trabalhadores.

Os representantes sindicais reafirmaram que quando os trabalhadores da Conservadora Campos têm que faltar por motivos médicos, a empresa está descontando os vales transporte. Os vales alimentação são descontados em dobro. No caso dos vales transporte, os trabalhadores que precisam de quatro conduções para chegar ao trabalho só recebem o equivalente a duas viagens.

Eles também afirmaram que são descontados os dias faltosos por motivo de acompanhamento médico a parente enfermo, ainda que seja filho menor, com atestado comprobatório e independente da gravidade. Um caso ocorreu com uma trabalhadora que teve sua filha, menor, internada com dengue hemorrágica.

Na empreiteira Serta o problema relatado foi a falta de pagamento do vale alimentação e do vale transporte para os trabalhadores que fazem horas extras nos finais de semana e feriados. A empresa apresentou três versões para os descontos, mas não foram convincentes. O Sindicato cobra a verdade sobre os motivos da empreiteira de não repassar os valores e o ressarcimento retroativo aos trabalhadores.

Já na Terceiriza os trabalhadores denunciam que, mesmo apresentado atestado médico, a empresa efetua descontos indevidos no valor do vale alimentação e no vale refeição. No caso do vale transporte, o desconto é feito em dinheiro, além dos 6% determinado em lei, ou seja, em duplicidade.

O gerente do RH/RS, João Lúcio Costa, comprometeu-se a repassar o relato dos problemas sobre as empreiteiras para os gestores dos contratos e cobrar solução. O Sindieletro continua cobrança da Cemig uma solução definitiva para as denuncias apresentadas e comprovadas e espera que as empresas paguem, inclusive os valores retroativos dos descontos ilegais.

Enquanto isso, na Protex...

Minutos depois de terminada a reunião com o RH os diretores do Sindieletro receberam mais denúncias, desta vez da Protex, que atua na área de segurança patrimonial em várias unidades da Cemig. As irregularidades são tantas e reincidentes que a empresa já está sendo chamada de Aprontex; e a Cemig continua omissa.

A Protex não está repassando o dinheiro descontado nos contra cheques dos trabalhadores para a operadora do plano de saúde. Recentemente, vários vigilantes precisaram utilizar o convênio, mas foram impedidos pelo plano, que alegou inadimplência no pagamento.

Julho está no final e a Protex ainda não pagou o vale transporte. plano de saúde dos trabalhadores. A empresa fazia o depósito do benefício no quinto dia útil do mês, mas, sem comunicar nada aos trabalhadores, alterou a data para o dia 10, depois para o dia 15, e agora no dia 25.

O Sindieletro continuará defendendo os direitos de todos os eletricitários. As denúncias feitas não são para difamar as empresas, mas para garantir a dignidade de todos os trabalhadores que prestam serviços para a Cemig. O Sindieletro entende que a empresa, é co-responsável pelas irregularidades da Protex e tem o “dever de apurar as denúncias e fiscalizar. Se comprovadas as irregularidades, a Cemig tem a obrigação de cancelar os contratos com as prestadoras de serviços”.

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