Editorial: o trabalho e a classe trabalhadora



Editorial: o trabalho e a classe trabalhadora

Nos últimos tempos, a classe trabalhadora brasileira tem sido alvo de uma quantidade de ataques jamais vista antes na história. Ainda no governo do golpista Michel Temer, iniciativas como o congelamento de gastos públicos e a Reforma Trabalhista - que dilacerou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) - tiveram guarida dos campos mais retrógrados da política no Brasil.

Alinhadas sob uma concepção que mistura subserviência internacional à entrega e dilaceração do patrimônio nacional, forças conservadoras avançam, dia após dia, sobre os principais direitos do povo brasileiro. O Ministério do Trabalho, por exemplo, sobreviveu à ditadura militar e completaria, em 2019, 89 anos. Entretanto, foi extinto pelo governo de Jair Bolsonaro.

No momento, o debate em voga gira em torno das privatizações e da Reforma da Previdência, bases do discurso do campo conservador. Sobre as mudanças na aposentadoria do povo, dizem seus defensores, serão o alicerce para a retomada do crescimento. Será?

O déficit previdenciário usado como argumento para a “Reforma” foi potencializado justamente pelo arrocho iniciado pelo golpista Temer, e que foi capitaneado pelas elites e empresários do país.

Mas, ao contrário do prometido, a Reforma Trabalhista não gerou empregos. Agravou os números da economia com a precarização e aumento da informalidade no mercado de trabalho.

E, hoje, após um fracassado programa de austeridade, um novo e completamente perdido Governo Federal volta, sem pudores, com o mesmo discurso de arrocho e de retirada de direitos da classe trabalhadora. Será mesmo preciso acabar com todas as conquistas do povo para que o Brasil volte a crescer?

Para o Sindieletro, a resposta é não! Para retomar o crescimento, acreditamos e defendemos que a saída é o fortalecimento da nossa nação, com investimentos em programas, empresas e tecnologias nacionais, fomentando a geração de empregos de qualidade e, consequentemente, aumentando a renda do povo.

O 1º de maio de 2019 deve ser simbólico e resoluto para nós, trabalhadores e trabalhadoras. Não falaremos em juntar os cacos, pois jamais fomos estilhaçados. Nosso discurso deve ser no sentido de organizar a resistência, a luta e a retomada de um projeto popular inclusivo, democrático, igualitário, com justiça social e distribuição de renda.

Em consonância com a luta da classe trabalhadora, a Campanha da Fraternidade 2019, lançada pela CNBB, possui como tema “Fraternidade e políticas públicas”, além do lema “serás liberto pelo direito e pela justiça”.

Na avaliação do coordenador-geral do Sindieletro, Jefferson Silva, a campanha da CNBB traz, em sua essência, o espírito necessário para a luta coletiva. “As medidas do Governo Federal e dos governos estaduais alinhados ao projeto da direita são exatamente o oposto do que prega a campanha da CNBB”, avalia. “As privatizações destroem as políticas públicas em diversas esferas, geram desemprego e a precarização nos serviços; e a Reforma a Previdência, que em suas bases destrói a concepção solidária do regime previdenciário atual, representam um projeto antagônico ao que prega a Conferência”, finaliza.

Portanto, companheiros e companheiras, se trabalhador é trabalhador em qualquer lugar, e se trabalho é luta, então nosso campo de batalha é em qualquer lugar onde a gente está!

O Sindieletro na programação do 1º de maio

Em Belo Horizonte, o Sindieletro participará de um ato e missa em homenagem aos trabalhadores e trabalhadoras na Praça da Cemig, em Contagem, a partir das 7h30.

Em Uberlândia, na Regional Triângulo, a celebração pela vida e luta do povo será na Praça Urias Batista dos Santos, a partir das 9h.

Na Regional Norte, o Sindieletro participa de um ato em conjunto com a Frente Brasil Popular, com panfletagem e coleta de assinaturas contra a Reforma de Previdência. O evento
será a partir das 10 horas, no Parque Municipal da cidade de Montes Claros.

 

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