Direitos das trabalhadoras da Cemig são ameaçados pela privatização



Direitos das trabalhadoras da Cemig são ameaçados pela privatização

Depois do rompimento das barragens de rejeitos de Mariana e de Brumadinho, em janeiro deste ano, a população conhece bem o que acon tece quando a ganância da inicia tiva privada sobrepõe o respeito pela vida.

No  caso  da  Cemig, a privatização, defendida pelo governador Romeu Zema, poderia levar à queda na qualidade do serviço, ao aumento da tarifa, à perda da confiabilidade do sistema elétrico e das barragens que atendem as hidrelétricas e passariam a ser operadas por grupos privados que, assim como a Vale, buscam apenas o lucro.

Para os trabalhadores e, sobretudo, para as trabalhadoras, as perdas também seriam muitas. Depois de décadas de luta, o Acordo Coletivo assinado com a estatal garante a valorização de direitos da mulher para além do básico que a CLT assegura.

A diferença começa logo na en trada com o concurso público, que prevê chances iguais para homens e mulheres conquistarem uma vaga de eletricista. Ou alguém  acredita que, nas   empreiteiras,  há  concorrência em pé de igualdade a uma vaga para trabalhar no sistema elétrico de potência?

A Cemig entrou para o guia de bons exemplos da Sociedade Brasileira de Pediatria, ao lado de estatais como Furnas e Embraer, depois de ampliar de quatro para seis meses  a licença maternidade. A mudança foi conquistada em 2008 - após três meses de campanha- e implantada em 2009, favorecendo o aleitamento materno e o bem estar da mãe trabalhadora e do recém-nascido.

Em 2017, após muita cobrança do Sindieletro, a Cemig ampliou a licença paternidade de cinco para 20 dias. Nessas duas lutas, a mobilização se baseou na importância da presença dos pais nos primeiros meses de vida do bebê.

Caso a Cemig seja privatizada, não há dúvidas que conquistas importantes seriam arrancadas do Acordo, como as licenças amplia das e o auxílio creche, que em outras empresas do setor, têm valor muito reduzido.

Desafios maiores nas empresas privadas

Nas empresas privadas do setor elétrico essas licenças são reduzidas e o intervalo para aleitamento materno também é menor. Em algumas empreiteiras há até de-núncia de pressão para  que as mulheres retornem a seus postos de serviço sob pena de perderem seus empregos, uma realidade que aponta um longo caminho de luta e mobilização para ampliar o direito das trabalhadoras de pequenas e médias empresas do setor elétrico.

 

 

 

 


 


 

 


 

 

item-0
item-1
item-2
item-3