Cliques da História: Fim do Apartheid e o Brasil do Real



Cliques da História: Fim do Apartheid e o Brasil do Real

Em Fevereiro de 1994, Sindieletro e Senge promovem um debate na Cemig sobre a privatização do setor elétrico, participam do evento o então presidente da empresa, Carlos Eloy e o físico, Luiz Pinguelli Rosa. Durante o ano, foram várias as mobilizações da categoria em defesa do setor e contra os apagões.

No mesmo mês, com Itamar Franco à frente do Planalto e sob a coordenação política de Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda, através da Medida Provisória 434, era lançado o Plano Real, que visava o controle da hiperinflação que assolava o país.

Pouco tempo depois, FHC era eleito presidente do Brasil sob a bandeira do controle inflacionário. Entretanto, o que se viu nos anos seguintes foi o aumento dos juros, forte recessão, desemprego, miséria e fome, além da falência de várias empresas. Foi também nesse período que assistimos à Privatização e entrega, a preço de banana, de várias empresas nacionais do setor elétrico, de telefonia, mineração, entre outros.

Voltando a 1994, em abril daquele ano acontecia a primeira eleição multirracial na África do Sul. Nelson Mandela, que passara 27 anos preso por causa da luta contra o Apartheid – regime de segregação racial – foi eleito presidente e transformou-se em símbolo de resistência e da luta contra o racismo.

No cinema, Steven Spielberg recebia o seu primeiro Oscar pelo trabalho emocionante no filme ‘A Lista de Schindler’, que retratou os horrores, mas também a esperança na luta contra o Nazismo.

Na Cemig, enfim a caixa preta da Forluz começara a ser aberta. Tomaram posse, naquele ano, Jurandir de Carvalho e Grace Bastos, os primeiros representantes eleitos pelos eletricitários para a Diretoria de Relações com os Participantes.

Em 1994, o XII Congresso dos Urbanitários aprovou a criação da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), entidade nacional da categoria. Em assembleia, os eletricitários (as)de Minas confirmaram a filiação do Sindieletro à entidade.

A Intersindical Eletricitária, formada pelo Sindieletro e pelo extinto Sindelt – sindicato da categoria no triângulo mineiro - organizam mobilizações para cobrar da Cemig reposição das perdas salariais provocadas pela URV.

Contra o autoritarismo da empresa, eletricitários do Anel Rodoviário lançam a ‘Operação 759’, onde os trabalhadores só entravam para trabalhar às 7h59. Sem avanços na Campanha Salarial, categoria vai à luta e realiza uma greve que durou seis dias.

Por Benedito Maia

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