Assembleias avaliam: não nos intimidamos com as pressões



Assembleias avaliam: não nos intimidamos com as pressões

Começaram nesta segunda-feira, dia 08, e terminam na próxima sexta, 12, as assembleias para avaliar e deliberar sobre a nova proposta de renovação do nosso ACT. Vamos participar! Vamos fazer valer a nossa decisão. É o nosso futuro que estará sendo decidido!

O coordenador geral do Sindieletro, Jefferson Silva, assim como outros dirigentes do Sindicato, na assembleia do Anel Rodoviário e em assembléias de outros locais de trabalho, fez um resgate da Campanha Salarial. Ele lembrou que  os  principais conflitos das negociações foi a retirada de direitos e a Reforma Trabalhista. Segundo ele, o tempo todo o Sindieletro disse que não seria conivente com Reforma, e muito menos com retirada de conquistas do Acordo. E não foi!

“Todos nós, pois o Sindicato é toda a categoria, construímos a pauta em agosto, paralela à luta pelas usinas; entregamos a pauta e defendemos todos os itens. Vieram, contudo,  com proposta pior do que esperávamos, que  foi rejeitada em mesa. Insistimos na defesa da nossa pauta e a assinatura do Acordo até  dia 10 de novembro, antes da Reforma Trabalhista entrar em vigor. Intensificamos a negociação tentando sair dos  artifícios técnicos e corporativos que a empresa usou. Mas a Cemig não respondia e tentava blindar governo do Estado”, enfatizou.

Ainda segundo Jefferson Silva, para maior pressão o Sindieleletro apoiou a ocupação do MST  na Sede, unificando a luta por respeito, nenhum direito a menos e serviços de qualidade.  A entidade cobrou  insistentemente  resposta da Cemig. Mas antes do dia 10 outros  sindicatos assinaram Acordo, com vigência de dois anos e quitação plena dos direitos no caso de PDV.

Porém, mais de  80% da categoria eletricitária não aceitou assinar o  Acordo, dando exemplo de luta. E exemplo de que não se intimidam com pressões e ameaças.

Os eletricitários se mantiveram firmes e deliberaram por uma paralisação no dia 15 de dezembro, diante da postura da Cemig e do governo do Estado de não negociarem de jeito nenhum.

Defendemos uma proposta  com abono maior, vigência de dois anos só com a condição da categoria negociar este ano, na data-base, as cláusulas econômicas, cláusula de proteção à Reforma Trabalhista, aumento da verba do PCR, ao invés de rebaixamento, e não desconto do dia de paralisação, além da verba do PCR: insistimos no 1,2%.

Foi após a paralisação que a empresa passou o abono para R$ 1.059, retroativo a dezembro,  e negociação do dia de paralisação e os adiantamentos que a empresa se recusou a pagar, por pressão e desrespeito. Mas o ACT de dois anos continuava como proposta,  não aceitamos de jeito algum fechar sem negociar os itens econômicos na nossa data-base. E, assim, na última proposta, a empresa aceitou negociar as cláusulas econômicas.

 Desabafo

Na assembleia do AR, um eletricista  avaliou: “ Chegamos em janeiro com um sentimento misto de frustração e alívio. A Cemig deixou claro que se importa cada vez menos com o trabalhador e cada pequeno avanço na negociação foi arrancado com muita luta e insistência nossa. Também fica a decepção com o governo do Estado, que dizia ter compromisso com  trabalhador e mostrou uma prática contrária. Avanço foi realmente em nossa organização. Alívio mesmo foi a nossa luta para não ficarmos sem acordo.”

Outro  eletricista destacou a importância de cada trabalhador manter a participação e a convicção da força da categoria em todas as etapas da campanha. "Toda campanha prolongada tem muitos desafios, inclusive o risco de divisão da categoria, mas foi necessário, mais um vez, levar esta campanha adiante e está valendo a pena", acredita.

Itambé

Na Itambé, os eletricitários destacaram que, é de ficar com a pulga atrás da orelha diante da postura da Cemig de não anunciar  a proposta para a “casa”, optando por entregar diretamente ao Sindieletro. O diretor do Sindicato, Vicente Ferreira Nascimento, ressaltou que, se a proposta for aceita,  o ACT só será assinado após a entidade verificar toda a redação. Se nada foi modificado pela empresa e constatado que não haverá nenhum prejuízo para os eletricitários, o Sindieletro assina.

O diretor Carlos Augusto Torres também fez um resgate da Campanha e avaliou que houve avanço, graças à luta, à firmeza e disposição da categoria de não se intimidar com as pressões da empresa para impor um ACT com perdas e danos. Evitamos nossos direitos e proteção à  Reforma Trabalhista.

 

item-0
item-1
item-2
item-3