Assassinatos por conflitos no campo atingem novo recorde



Assassinatos por conflitos no campo atingem novo recorde

O último relatório divulgado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), revelou que, em 2017, foram registrados no Brasil assassinatos de 70 pessoas em conflitos por posse de terras. O dado se aproxima do recorde de 73 mortes, registradas em 2003. Em sua coluna para o "Seu Jornal", da TVT, o comentarista político José Lopez Feijóo denuncia a violência no campo, que cresce em conjunto com o avanço das forças reacionárias.

"Os assassinatos nunca foram zerados, mas tinham caído pela metade. Desde o ano de 2015, com a preparação do golpe, tudo indica que as forças reacionárias – que detestam movimentos sociais e querem criminalizar a luta por direitos por cidadania –, resolveram recrudescer a violência", analisa Feijóo.

A afirmação de Feijóo é confirmada por levantamento feito pela CPT, que evidencia que, após o pico da violência no campo de 2003,, registrou-se uma queda nos dez anos seguintes mas, desde então, houve um crescimento constante dos assassinatos, sobretudo de trabalhadores rurais sem terra, indígenas, quilombolas, posseiros, pescadores e assentados.

Para o comentarista político, os massacres no campo acontecem dentro do que chama de "roteiro da impunidade", criado pela falta de investigação policial, a ausência de atuação das esferas judiciais e a invisibilidade midiática diante das constantes violações humanas que acometem os trabalhadores brasileiros e fragiliza a democracia.

 Rede Brasil Atual

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